sexta-feira, 24 de agosto de 2012

rodamoinho de vida

o desafio do desapego impulsiona
excitante é olhar pra si e querer rasgar os rascunhos
rascunhos rotos
rostos queimados
lavar essa fuligem de pó estagnante
o pó impregna
aliena e paralisa
o pó do passado que retorna, passado ventos de mofo, ventos que não mais voltarão
impedir que eles se estagnem

é fazer rodamoinho de vida.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

sobre viver a eternidade. sobreviver na eternidade? seria uma forma de completar-se? de se sentir inteiro? as resoluções vem cada vez mais rápidas. a compreensão, instantânea. os nós vem, os vejo também. fácil olhar pra eles. distingui-los. observar qual é sua parte de nó. deglutí-lo. que mão utilizo para puxar a minha parte da corda? é simples fazê-lo depois que se sabe.
olho o espaço amplo e passível de preenchimento que se forma quando se desfaz o nó. é braço aberto, é vazio sem dor, vazio porque é cheio de possibilidades. a certeza só mostra o concreto das fibras da corda. a certeza mostra o nó. a dúvida e o mistério do vazio permite a visão das estradas.