domingo, 21 de novembro de 2010
areia
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
umaidéiasobrenãosaber.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Há um espaço gigante dentro do meu corpo, que se mexe e me agita o tempo todo. Esse vazio é amor.
Esse amor-vazio, ou esse vazio-amor, só é preenchido com palavras, mesmo que vazias, mas vindas do interior de um outro corpo. Ou também por música: algum som que saia dessa bolsa de ar-amor que me preenche as entranhas, ou também algum outro que me entre pelos ouvidos, dê algumas voltas, mas que vá para o mesmo fatal destino.
Não sei especificar o gênero desse amor, nem quantificar em volume, de fato não sei nem preenchê-lo corretamente. Só sei que tenho que alimentá-lo com coisas abstratas, sem matéria, vagas como nós.
É grande e não é secreto, por mais que pareça. Secreto mesmo só pra mim, que ainda não o desvendei. O vazio se remexe em meus órgãos, sobe para os olhos em forma de água, sai pelas mãos em forma de abraço, ele está aqui, e é matéria. Contradição irônica dos seres. Totalmente previsível e, ao mesmo tempo, eternamente inexplicável.
sem nome
não sabe onde está. em que quadro da vida se posiciona. se é que existe quadro.
não se encaixe, não se enquadre. tente, pelo menos.
sua dor não é palpável, é só falta de caminho pra seguir.
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
não entendo também como não vê seu estado deplorável de gostos e futilidades. me diz se não tem vontade de adotar um aluno, alguém que descobre a cada dia que sabe menos sobre o mundo. vê se põe algo nesta mente. algo que fique fixo e estável. algo encantado como você.
vê se põe um pouco de sentimento nesse olhar, uma pitada de pimenta nessa insossa massa, que diariamente se vê sem saída.
talvez você possa achar nesse conjunto de desencontros algo que preencha seu dia: bem pouco, desapercebido...
ainda não entendo como pode não amá-lo.
domingo, 8 de agosto de 2010
[que, pelo menos agora, alguém possa falar por mim]
C. Drummond
quinta-feira, 29 de julho de 2010
[barata ribeiro com república do peru]
essa consciência que abruptamente me assalta quando eu menos quero encontrá-la. a chatice dos humanos que me ataca, me atinge os nervos. me acorda nessa madrugada enquanto outros sonham e roncam na sua conformada alegria de dormir, e de viver.
não durmo.
aliás, é difícil me sentir adormecida. essa consciência está em mim me alertando do que eu quero ou não entender.
não quero ouvir.
quero vinte doses, por favor. quero algo que apague minha memória, minha lógica, minha porra de consciência. ela que não me deixa ver menos e rir mais de tudo isso. de tudo isso que vejo e detesto. essas tantas e tantas certezas que me entram nos neurônios sem que eu permita. me deixem em paz.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
[tired of playing with this bow and arrow]
não vejo futuro neste jeito, não por agora, não entendo o porquê, só quero parar de jogar.
[uma frase dentro do ônibus]
quarta-feira, 7 de julho de 2010
um vão mental
outros que descreveram você e a mim com muito mais destreza do que nós
prefiro o silêncio das almas pensantes
o mesmo das enormes descobertas
mais inovadoras conclusões sobre o mundo
das quais já me esqueci.
quarta-feira, 23 de junho de 2010
sobre o inteiro.
quando entrega-se com receio é devagar, no ritmo lento da naturalidade que os homens já perderam há séculos. mas entrega-se. aos poucos e sempre.
é sociológico se apressar, mas não deve ser humano. não deveria, ao menos.
inteiramente, profundamente, conscientemente joga-se de um precipício de incógnitas... pra caçar certezas no vale.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
quarta-feira, 9 de junho de 2010
não sabemos escolher ainda. mas temos que. a vida grita pra que aprendamos. mas não sabemos. e vamos decidindo coisas vitais por osmose, caminhando no engodo da juventude, opiniões embriagadas, ao vento, concretizando-se no dia-a-dia. não sabemos se vai valer a pena. e aí que se esconde a graça.
a graça, o segredo, a essência. nessa ânsia de entender, nos perdemos do espontâneo, racionalizamos o abstrato, perdemos oportunidades, ganhamos o dobro, realizamos umas, perdemos mais outras.
no fim, seremos sempre nós, porque é impossível sermos outros.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
roda-gigante.
as partes da vida mudam tanto a cada dia, as pessoas que entram e ficam, as coisas que entram e passam, voltar num estado estático de passado é quase assustador e angustiante.
não digo ruim, digo estranho. uma estranheza que as voltas dessa roda-vida sabe explicar. mas só ela sabe.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
walk on
é o que você reconhece nas novas amizades sem precisar de muitas palavras. é o que você espera de alguém. é isso que você multiplica conforme aglomera grupos e lares no seu porta-malas.
é o amor que te entregaram até agora, o que você tem no seu âmago como um tesouro, it´s all that you can´t leave behind.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Sailing in changes
Talvez partes dessas passagens não respeite vontades, quase um movimento involuntário de vida. Mas ao mesmo tempo é escolha, são pequenas escolhas que não apertam o pescoço, não jogam contra a parede. Não há o que sofrer. É apenas brisa.
É oxigênio entrando pra dar vida. Inspirar cenas presentes, guardá-las na memória (um pouco falha), aspirar cenas futuras, incertas, amplas e que dão a impressão de milhões de possibilidades (há pretensão de conhecer cada uma). Expirar complicações, desentendimentos, dúvidas. É só brisa.
domingo, 24 de janeiro de 2010
o que vem e revolve os sentidos e ultrapassa entendimentos
É de tampouco definição feita. é um amontoado de complexidades. é uma fase. é uma espera. um abismo, uma esfera.
De que âmbito você veio pra me buscar? que mentira eu esqueci de deixar passar? quanta verdade cabe num momento singular?
Não perco nada de nós, não finjo na hora rir, não continuo mais por costume, não consigo mais dizer não.
E se pudéssemos nos perder. se fugíssimos do nosso ser. e se tentássemos transcender.
Não seríamos humanos, estaríamos burlando, manteríamos negado o fato de que estar é bom, nos faz bem, entrelaça, envolve, arrebata.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
parágrafo perigoso
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
"quer guardar o mundo em mim"
enquanto caminho, não encontro respostas. meu trajeto é livre, cheio de convenções e desconjecções sobre o mesmo tema. aprendo e desaprendo sobre o que é certo todo o tempo. são dezenove anos de aceitação. nasci velha, careta, e aprendo a aceitar a cada dia. aceito, aceito. e é o melhor a ser feito.
porque não? penso eu. se nosso cérebro usa apenas um por cento de sua capacidade, e sabemos que há um resto inutilizado e capaz de agir, porque não com as emoções também?
há muito o que aprender, muito o que determinar. mas se não houver razão suficiente dentro de um coração, deixa o vento conduzir essa dança.