provei um pouco do errado que há em mim. um errado que não tem pudor, que não sabe de si, não sabe que é errado. sabe, mas prefere a liberdade das escolhas inesperadas do que do caso pensado e destinado desde que nasceu. não é por mal, ele simplesmente é. me encontro em cada desvario, saio cada vez mais do que fui, pra me achar cada vez mais.
costuma-se ser bom por osmose, um bom que também não entende o que é bondade. costuma-se viver por osmose, sugando a água insonsa de cada acontecimento rotineiro e cheio de olheiras.
não sobrevive-se assim.
nunca vivi, nem nunca quero viver sem anseios novos, sem mudanças repentinas de trajeto, sem surpreender pessoas e a si mesmo. não sobrevive-se assim. não no nosso mundo, neste de tantas intenções, todos prontos pra jogar as fichas todas de uma vez. não temo naufragar, nem vou.
tenho um barco em meio a tempestade, que sente os pingos como se fosse a seiva do seu sustento e os trovões como se fosse música para o seu lazer. qualquer dia a calmaria vem, com um pôr de sol em degradês de vermelho, só com a dança das ondas. Mas, por enquanto, é este o dia, e é esta a hora.
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CARALHO. Arrasou.
ResponderExcluirAliás, duplamente - tanto no ato, em si, quanto nas palavras pra descrevê-lo.
ResponderExcluiraah, você escreve de um jeito muito teu e muito lindo. e sim, talvez nós somos meio iguais mesmo. nessa coisa de, às vezes, querer sentir tudo, querer o mundo todo.
ResponderExcluirah, má, ainda bem que você foi uma veterana muito legal com a tua bixete boba :D